Roberto Costa

Roberto Costa, filho de Onofre Dalton Costa e Ísola Fanti Costa, nasceu em São Paulo – Capital, no dia 10 de fevereiro de 1954. Ingressou, em 1972, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), graduando-se em 1977. 

Sempre com ativa participação em atividades acadêmicas e de pesquisa, recebeu o Prêmio Oswaldo Cruz pelo trabalho “Características da Espoliação de Potássio produzida pelo Furosemide”, em 1977. 

Fez residência em cirurgia geral (1978-1980) e em cirurgia cardíaca (1980-1982) no Hospital das Clinicas (HC) da FMUSP e, ainda durante o primeiro ano de residência em cirurgia cardíaca, foi convidado a assumir a responsabilidade pelo Grupo de MarcaPasso do InCor3 do HC-FMUSP. Ocupa, desde o ano de 1982, o cargo de diretor da Unidade de Estimulação Elétrica e Marca-Passo desta mesma instituição. 

Em 1981, recebeu seu título de especialista em cirurgia torácica pela Associação Médica Brasileira e, em 1985, pela mesma entidade, o título de especialista em cirurgia cardiovascular. 

Iniciou pós-graduação em 1983 e defendeu sua tese de doutorado em clínica cirúrgica pela FMUSP, em 1990. No ano de 2001 foi aprovado em concurso de livredocência, também pela FMUSP. 

Dedicando-se intensamente à estimulação cardíaca artificial, ajudou a criar, em 1986, o Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (Deca-SBCCV). Aí desempenhou todos os tipos de função: de tesoureiro a presidente (esta, por duas vezes). Em sua primeira gestão como presidente (1992-1994) criou com sua esposa, Maria Inês de Paula Leão, o Registro Brasileiro de Marca-Passos (RBM), o qual, dez anos mais tarde, em sua segunda gestão, passou a ser o Registro Brasileiro de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis, incorporando os cardioversores-desfibriladores e os ressicronizadores cardíacos. Os dados obtidos por esse registro têm sido apresentados em reuniões e publicações desde 1994, e merecido prêmios nacionais e internacionais. Na segunda gestão como presidente do DecaSBCCV (2002-2004), começou a planejar, ao lado de Martino Martinelli Filho e de outros membros da diretoria, a criação da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a qual se tornou realidade, e da qual participou como vice-presidente até o final de 2009. 

Por volta de 2003, incentivou um grupo de simpatizantes da eletroterapia cardíaca, liderado por Maria Inês de Paula Leão e Irapuan Magalhães Penteado, a estudar a criação de uma associação, sem fins lucrativos, que permitisse a obtenção de recursos para pesquisa em estimulação cardíaca artificial. Em 2007 iniciaram-se as atividades da Associação para o Estudo da Eletroterapia Cardíaca, que já desenvolve um projeto de pesquisa próprio e financia dois projetos de pesquisa da Unidade de Estimulação Elétrica e Marca-Passo do InCor. 

No ano de 2010 foi aprovado como professor associado do Departamento de Cardiopneumologia – disciplina de cirurgia torácica e cardiovascular da FMUSP. 

Roberto Costa tem 164 publicações em revistas científicas nacionais e internacionais. É autor de 540 trabalhos científicos apresentados em congressos nacionais e 133 em congressos internacionais. É também autor de 37 capítulos de livros e recebeu 40 prêmios. 

É membro das seguintes entidades nacionais: Associação Paulista de Medicina (APM); Associação Médica Brasileira (AMB); Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp); Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV); Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (Deca) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (fundador); Sociedade de Cirurgia Cardiovascular do Estado de São Paulo (SCICVESP); Academia de Medicina de São Paulo; e Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). 

É também membro das seguintes entidades internacionais: Sociedade LatinoAmericana de Estimulação Cardíaca (Solaece) desde 1984; Heart Rhythm Society (HRS) desde 1997; e European Heart Rhythm Association (EHRA). 

NOTAS: 

Biografia e foto foram fornecidas pelo autor.

Pequenas inserções e adaptações do texto ao perfil desta secção, assim como as notas de rodapé foram feitas pelo Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.

Oswaldo Gonçalves Cruz é o patrono da cadeira no 99 da Academia de Medicina de São Paulo. 

InCor: Instituto do Coração.