Debate sobre ensino da ética e da bioética encerra fórum do CFM
Os debates sobre o ensino da ética e da bioética encerraram o IV Fórum Nacional de Ensino
Médico do Conselho Federal de Medicina (CFM). O encontro ocorreu entre os dias 15 e 16
de maio, na sede da entidade, em Brasília (DF).
O tema foi aberto pela conferência do presidente da Academia de Medicina de São Paulo,
Affonso Renato Meira, que destacou a limitação do aluno de Medicina. Segundo ele, os
novos estudantes não estão vocacionados a aprender ética e bioética. “Ele [o aluno] entra
pra ser especialista em algo e pegar o diploma. Ele quer sair para curar gente e não cuidar”.
Meira afirmou ainda que o graduando de hoje não tem interesse pelo tema até pela forma
em que essas disciplinas são aplicadas nas universidades. “É preciso um ambiente próprio
para essas aulas. Não pode ser durante as aulas práticas, pois se chegar o paciente, o
aluno verificará a doença e não a conduta do médico”.
Essa preocupação foi compartilhada pelo membro da Comissão de Ensino Médico do CFM,
Carlos Alberto Frias Junior, que questionou o modelo tradicional de ensino no qual o
professor é o detentor do conhecimento. “É preciso incorporar a participação efetiva dos
alunos na construção de novo modelo e fazer uma gestão participativa. Só assim os
teremos juntos no processo”.
A mesa redonda apontou soluções para levar com mais eficiência a disciplina de ética e
bioética para os jovens. O superintendente-geral do Instituto de Medicina Integral Fernando
Figueira, professor Giliatt Hanois Falbo Neto, apontou exemplos práticos para se discutir a
evolução da Medicina. Enquanto o professor Nelson Grisard, também integrante da
Comissão do CFM, apresentou possibilidades pedagógicas e técnicas.
A mesa redonda foi presidida pelo secretário-geral do CFM, Henrique Batista e Silva, e
secretariada pelo conselheiro federal Jecé Brandão.
Fonte: Portal do Conselho Federal de Medicina
http://portal.cfm.org.br