Acadêmico Clóvis Francisco Constantino fala à imprensa sobre violência contra crianças
Na última quinta-feira, 24 de outubro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, divulgou uma pesquisa apontando que médicos brasileiros notificam aproximadamente 196 casos suspeitos de violência física contra crianças e adolescentes por dia.
No mesmo dia, o Membro Titular Clóvis Francisco Constantino, presidente da SBP e diretor de Previdência e Mutualismo adjunto da Associação Paulista de Medicina, comentou o tema em uma entrevista ao jornal O Globo.
O levantamento revelou que adolescentes entre 15 e 19 anos foram os mais afetados, totalizando 35.851 notificações no ano passado. “Os adolescentes se expõem, têm personalidade e autodeterminação, podendo ousar socialmente e se colocar em situações de risco. Eles têm um pensamento mágico, achando que nada vai acontecer com eles”, afirmou Constantino.
Ele explicou que, para menores de 14 anos, a violência é mais silenciosa e geralmente ocorre dentro de casa. Nessa faixa etária, 80% das agressões são intrafamiliar.
O diretor da APM também destacou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina aos médicos a obrigatoriedade de notificação em casos de suspeita de violência. “É um dever legal do médico que está na linha de frente. Ao atualizarmos os protocolos, queremos reforçar aos pediatras que esse fenômeno segue acontecendo”, ressaltou.
Para denunciar maus-tratos contra crianças e adolescentes, disque 100. O serviço funciona 24 horas por dia e a ligação é gratuita.
Texto: Comunicação – Associação Paulista de Medicina
