APM expõe um ícone da máfia
Guido Arturo Palomba
Eis Alphonse Gabriel Capone em fotos da época em que o crime era, digamos, romântico: lei seca, revólver de tambor, código de honra, os intocáveis. A mostra será exibida, na APM, até o final de novembro.
Al Capone é um ícone da criminologia mundial. Gângster que deu grande notoriedade à máfia e tornou esse termo um adjetivo da língua portuguesa, usado amplamente para caracterizar um grupo com atuação ilícita, oculta e dentro de uma ordem: máfia da Ceagesp, máfia da Petrobras, máfia da indústria farmacêutica etc.
Capone controlava bordéis, bancas de apostas, corridas de cavalo, clubes noturnos, destilarias e cervejarias. Dizem que faturava dezenas de milhões de dólares por ano durante a lei seca.
Era sifilítico, cujo mal chegou à fase terciária, com comprometimento cerebral e consequentes perturbações mentais,- manifestas no famoso presídio de Alcatraz, local de sua prisão, depois de condenado pela justiça americana por sonegação de impostos. Foi solto após os médicos constatarem que a sua deterioração psíquica era tão grave que não mais seria possível articular crimes, ou seja, ausência de periculosidade social. Morreu dormindo, após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico.-
Esta exposição é um privilégio concedido à APM pelo Instituto Internacional de Estados de Política Judiciária (INTERPOJ), que cedeu a interessante mostra fotográfica.
Guido Arturo Palomba
Diretor Cultural da APM
FONTE: Revista APM – Suplemento Cultural – outubro de 2017 – nº 295