As excêntricas coleções do Bibi
Vicente Amato Neto e Jacyr Pasternak
O Bibi é também conhecido como Goleiro, mas isso não tem conotação com esporte. O apelido surgiu porque ele toma goles de pinga frequentemente. Desde ocasião recente, decidiu obter informações sobre costumes e intimidades de pessoas, para preparar coleções que divulga por variados meios de comunicação. Agora, nesse contexto, passou a preocupar-se com fatos referentes a homossexuais, logicamente sem envolver críticas, comentários indevidos e homofobia. A seguir, estão exemplos de circunstâncias que atendeu.
— Em Portugal, o Ministro da Saúde destacava perante muitas pessoas suas recentes realizações, salientando particularidades. A Aids entrou em cena e ele, enfaticamente, frisou que essa doença não é tão significativa como propalam. Há destaque exagerado e injusta intranquilidade entre a população. De repente, pegou uma seringa com sangue que havia levado e afirmou a disposição de injetar no próprio braço, para confirmar o pequeno risco que defendera. Um assessor rapidamente sugeriu cautela, pois o HIV, causador da Aids, poderia estar no sangue. O Ministro não titubeou e declarou não ter medo porquanto estava usando camisinha.
— O Bibi soube que um estudo mostrou que o medicamento Truvada® pode prevenir a infecção pelo HIV se usado antes de relação sexual de risco. A propósito, conheceu um slogan idealizado por médico, assim composto: não vacile, assuma, use o Truvada® e dê mais uma. Cogitou de entrar em contato com a empresa produtora do produto, para utilização como propaganda. Logicamente, pedindo compensação pela ideia.
— Na cidade de Campinas, no Estado de São Paulo, um prefeito discursava ao inaugurar passarela recém-construída. Animado, disse aos presentes que com satisfação oferecia essa utilidade aos pederastas do local. Assessor próximo comunicou ao falante que deveria mudar pederastas por pedestres. Logo, o Prefeito defendeu-se salientando que por causa de três ou quatro não alteraria o antes declarado.
— Médico usava a mesma estrada diariamente. Dirigindo automóvel, ia e vinha do lugar onde exercia atividades profissionais. Numa das viagens, viu uma mulher pedindo carona. Atendeu e durante o trajeto foram conversando. Ela era prostituta e conseguia clientela na beira da via. No relacionamento cobrava conforme o procedimento. O doutor perguntou se ela sabia o que era a Aids e se não tinha medo. Então a meretriz, enfaticamente, negou temor, pois escovava diariamente os dentes.
Convenhamos que são acontecimentos ilustrativos, somente contados sem malícia, para encaixarem-se nas compilações buscadas pelo Bibi.
Vicente Amato Neto e Jacyr Pasternak
Médicos e professores universitários