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Biografia

Claudio Santili

Cláudio Santili veio à luz após parto normal, domiciliar, realizado por parteira, no dia 30 de outubro de 1952, na Rua Prudente de Morais no 2.102, em Ribeirão Preto (SP). É filho de Elvira Javaroni Santili (filha de Carolina Covino e Domingos Javaroni), que se casou com Gildo Santili (filho de Virgínia di Francesco e Clemente Santili). O casal teve 4 filhos, sendo Vilma Aparecida (falecida com 3 anos e 5 meses); depois veio a Vilma Aparecida, que foi a segunda filha; Cláudio, o terceiro, e, por fim, José Luiz. Moraram e viveram sua infância na chácara do avô materno Domingos, no limite periférico sul da cidade de Ribeirão Preto.

Cursou escolas públicas como o Grupo E. E. Dr. Guimarães Júnior e, depois de um ano de curso preparatório admissional, ingressou no excelente Ginásio Estadual “Otoniel Mota”. Cláudio Santili ingressou na XI turma da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 1973, e se formou no ano de 1978. Cumpriu residência médica por três anos, sendo um ano em cirurgia geral e dois anos de ortopedia e traumatologia no Pavilhão Fernandinho Simonsen – DOT. Casou-se com Sonia Aparecida Lemes Costa, em 1980, e tiveram dois filhos: Erika e Guilherme Eduardo.

Foi aprovado no exame para obtenção do TEOT em 1982 – realizado na cidade de Ribeirão Preto, e recebeu o registro SBOT sob o número 2686. Nesse mesmo ano de 1982 foi contratado como plantonista e auxiliar de ensino para chefiar o Grupo Azul, de Traumatologia Geral, e que mais tarde, se constituiu no Grupo de Ortopedia Pediátrica, chefiado pelo professor doutor José Carlos Lopes Prado. Depois, passou a ser membro do staff e foi o preceptor e coordenador de ensino e treinamento do departamento, por 20 anos. Chefiou o Grupo de Ortopedia Pediátrica, de 1994 a 2005, quando passou a diretor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo, no período de 2005 a 2008.

Ingressou na vida associativa da SBOT como membro da CEC nos anos de 1991-1992; foi da CET de 1993 a 1996, bem como ocupou vários cargos na direção executiva de chapas de diretoria. Foi por duas gestões o secretário geral (primeiro para o biênio 1997-1998 e, em 2005), chegando ao honroso cargo de presidente eleito da SBOT, para a gestão 2010.

No ano de 1998 lavrou a ata/documento da criação da SBOP – Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, da qual é o sócio fundador número 2. Ocupou vários cargos na SBOP e foi eleito para a honrosa função de presidente da gestão 1999-2000. Em 2004, criou com Jamil Faissal Soni o TROIA – Traumatologia Ortopédica Infantil – Atualização, curso bienal para os graduandos e jovens ortopedistas, dedicado ao ensino da traumatologia, que envolve a criança e o adolescente.

Em 2013, Cláudio Santili foi o presidente da comissão científica do 45o CBOT – Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia – em Curitiba; foi membro eleito para a primeira diretoria da Academia Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – ABOT, criada no ano de 2021, e é o acadêmico fundador da cadeira 29, cujo patrono é o professor Orlando Pinto de Souza. Na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), escola médica em que trabalha desde 1982, foi auxiliar de ensino, assistente e após doutorar-se, em 1996, com a tese Tratamento da Subluxação e Luxação Congênitas do Quadril pelo Método Associado da Operação de Salter com o Encurtamento Ósseo Femoral – Análise a Longo Prazo,que recebeu o Prêmio “Professor Godoy Moreira”, da APM, em 1998, tornou-se professor adjunto na FCMSCSP, sendo membro da CPG em Ciências da Saúde, e  orientador nos níveis de mestrado e doutorado. É chefe e clínica no DOT do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e colaborador sênior do Grupo de Ortopedia e Traumatologia Pediátrica.

Foi, por 13 vezes, professor homenageado por turmas de graduação na FCMSCSP e teve a honra de ser o Paraninfo da 38o turma. Entre títulos e prêmios foram mais de 126, sendo que, dentre eles, recebeu o título de Gran Comendador da SLAOT – Sociedad Latino Americana di Ortopedia y Traumatología, em 2003, e recebeu a grande honraria do Prêmio Nicolás Andry, após ter sido escolhido em seleção livre e espontânea, pelos pares da SBOT, em 2018.

No escopo científico é mentor de inúmeros egressos que participam em novos núcleos da formação de profissionais na área da saúde, em várias regiões do país. Publicou 86 artigos completos, 66 capítulos de livros e 7 livros editados, sendo que um deles é intitulado Ortopedia e Traumatologia Pediátricas, que é o tomo sobre crianças na coleção Fundamentos e Prática, organizada conjuntamente com Fernando Baldy dos Reis e Tarcísio Eloy P. de Barros Filho. Nesta obra teve a coautoria da doutora Ellen de Oliveira Goiano.

Cláudio Santili foi orientador de 29 mestrados e nove doutorados concluídos. Participou de mais de 1027 eventos, exposições e feiras, sendo que da organização foram 40. Bancas julgadoras de mestrado foram 115, de doutorado 50, qualificações e outros concursos foram 109. É membro do Conselho Editorial da RBO – Revista Brasileira de Ortopedia, desde 1999, e editor associado da Acta Ortopédica Brasileira.

Na esfera pessoal e como forma de lazer, além de gostar de músicas nos estilos Blues e Rock’n Roll, gosta de escrever artigos e crônicas, e já foram mais de 150. São escopo livre, embora aborde situações relativas aos problemas que afetam a prática médica e, consequentemente, interferem nas entidades de classe. Mais recentemente, dedica parte do seu tempo livre para a escrita e está elaborando um livro de crônicas Sobre os Nomes. Sim, sobre os nomes das pessoas!

Nascido e criado no sítio gosta muito de lidar com plantas.

Dispositivos técnicos desenvolvidos:

1. Em parceria com José Carlos L. Prado e Pedro Péricles R. Baptista, desenvolveu um modelo de mesa de gesso, em duralumínio, para crianças.

2. Gancho para tração do acetábulo (rabo de escorpião – scorpion tail) – instrumento desenhado para uso intraoperatório em fraturas e para a reorientação acetabular após osteotomia.

3. Placa trocantérica do “tipo Bumerangue” em parceria com Miguel Akkari, para as osteossínteses pós-osteotomias subtrocantéricas.

4. Hastes telescopadas/extensíveis intramedulares para ossos frágeis (fêmures nas crianças com OI[2]). 5. Parafusos canulados de rosca total, utilizados para epifisiodeses temporárias nas deformidades angulares e longitudinais (crescimento guiado) e/ou definitivas (equalizações de membros) – patente registrada com o nome: “PhysiCS”.

NOTAS:

Biografia e foto foram fornecidas pelo autor.

Pequenas inserções e adaptações do texto ao perfil desta secção, assim como as notas de rodapé foram feitas pelo Acad. Helio Begliomini, Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.

A solenidade de posse ocorreu em sessão de gala no auditório nobre da Associação Paulista de Medicina.

TEOT: Título de especialista em ortopedia e traumatologia.

SBOT: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

CEC: Comissão de Educação Continuada.

CET: Comissão de Ensino e Treinamento.

Orlando Pinto de Souza (1906-1982) ingressou como membro titular da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, em 15 de maio de 1939.

Francisco Elias de Godoy Moreira (1899-1987) ingressou como membro titular da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, em 1o de dezembro de 1927, e é honrado como patrono da cadeira no 121 desse sodalício.

APM: Associação Paulista de Medicina.

CPG: Comissão de Pós-Graduação.

Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho é o titular da cadeira no 33 da Academia de Medicina de São Paulo, tendo por patrono Antonio Barros de Ulhôa Cintra (1907-1998).

OI: Osteogênese imperfeita.