Daniel Romero Muñoz
Daniel Romero Muñoz nasceu na cidade de São Paulo, em 14 de julho de 1946. É filho de Antonio Muñoz Ramires e de Dolores Romero Muñoz.
Graduou-se pela Faculdade de Medicina de Santos, em 1973, e dedicou-se à medicina legal.
No Instituto Médico-Legal de São Paulo atuou como médico legista (1976); médico legista chefe do Setor de Biologia Forense (1977), do Serviço Técnico de Tanatologia Forense (necrotério, 1977) e do Setor de Antropologia Forense (1981).
Fez carreira universitária na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), exercendo as funções de auxiliar de ensino (1978), professor assistente (1984), professor assistente doutor (1987), professor livre-docente (1999) e professor titular (2006).
Trabalhou também, paralelamente, em outras instituições de ensino. Foi professor titular de medicina legal da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa, 1988) e da Faculdade de Medicina do ABC (1995); e professor adjunto de medicina legal e bioética da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1993).
Daniel Romero Muñoz desenvolveu intensa atividade como docente de medicina legal, ética médica e bioética em cursos de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) de várias escolas médicas. Além das já quatro já citadas, ministrou cursos na Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu e no Centro Universitário São Camilo. Orientou iniciações científicas, mestrados, doutorados e pósdoutorados.
Tem 88 publicações entre artigos nacionais e internacionais e capítulos de livro, além de um livro em coautoria.
Como perito atuou em milhares de casos, destacando, por sua relevância ou repercussão, os seguintes: Mengele, Baumgarten, Buzaid, Businco, Múmia da Lapa, Ulisses Guimarães, identificação das vítimas do acidente aéreo ocorrido em São Paulo com o avião da TAM (98 vítimas, sendo 86 carbonizadas), PC Farias (segundo laudo) e Iara Iavelberg.
Dentre outros cargos exercidos salientam-se: coordenador (1992) do Conselho Técnico-Científico e presidente (1996) da Sociedade Brasileira de Medicina Legal; membro fundador e primeiro tesoureiro da Sociedade Brasileira de Bioética (1993); presidente do Capítulo Brasileiro da Associação Latino-Americana de Medicina Legal e Deontologia Médica e Íbero-Americana de Ciências Forenses (1997); membro da primeira Comissão Nacional de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Ministério da Saúde (1997); e presidente do Conselho Diretor do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (2010).
Daniel Romero Muñoz ingressou como membro titular da Academia de Medicina de São Paulo, em 7 de março de 1985, galgando a condição de membro emérito e primeiro ocupante da cadeira nº 83 desse sodalício, cujo patrono é Oscar Freire de Carvalho.
NOTAS:
Biografia e foto foram fornecidas pelo autor.
Pequenas inserções e adaptações do texto ao perfil desta secção, assim como as notas de rodapé foram feitas pelo Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.
Fez residência em clínica médica e hematologia no Instituto Nacional do Ministério da Previdência Social (1974-1976) e especialização em medicina do trabalho na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp, 1975).
Na FMUSP fez mestrado em patologia experimental e comparada com a tese Autólise do Miocárdio: Análise Qualitativa e Morfométrica das Alterações Ultraestruturais da Fibra Cardíaca do Cão (1983); doutorado em patologia com a tese Toxicidade do Álcool Aditivado (1987); e livre docência com a tese Perícia Médico-Legal nos Desastres de Massa: Análise Metodológica e Planejamento para a Identificação de Vítimas de Acidente Aéreo no Brasil (1999).
TAM: Originalmente significando Transportes Aéreos Marília, hoje, TAM Linhas Aéreas.
PC Farias: Paulo César Siqueira Cavalcante Farias, mais conhecido como PC Farias, nasceu em Passo de Camarajibe (AL), em 20 de setembro de 1945, e faleceu em Maceió (AL), em 23 de junho de 1996. Foi um empresário brasileiro e tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992.