Mario Rodrigues Louzã
Mario Rodrigues Louzã nasceu no dia 8 de maio de 1897, na cidade de Itatiba (SP). Era filho de Izabel do Carmo Louzã, natural de Itatiba (SP), e José Rodrigues Louzã, nascido em Portugal.
Desde muito jovem sempre quis ser médico e, aos 14 anos, veio estudar em São Paulo com o objetivo de se formar. Ingressou na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Livre de São Paulo, mas essa instituição funcionou somente entre 1911 e 1917. Mario Rodrigues Louzã teve então que ir estudar na Faculdade de Medicina da Bahia, onde concluiu o curso em 19182 e apresentou a tese A Therapeutica Moderna da Coqueluche, que foi plenamente aprovada, para obter o grau de doutor em medicina.
A medicina foi sempre o seu sonho e exerceu-a com uma verdadeira paixão e competência. Clinicou e realizou cirurgias sempre no Hospital São José do Brás , em São Paulo, e foi médico de várias associações beneficentes .
Durante a Segunda Guerra Mundial foi convidado pelo Exército Brasileiro para organizar cursos para enfermeiras socorristas, tendo recebido a patente de capitão.
Mario Rodrigues Louzã era de uma simplicidade e modéstia sem par. Respeitado e muito querido por sua dedicação, recebeu, em vida, muitas homenagens , o que nem por isso mudaram seu jeito de ser humilde e de um coração magnânimo. Atendia chamados a qualquer hora do dia ou da noite, e operava qualquer pessoa que pudesse ou não pagar.
Muito estudioso também possuía uma grande facilidade em diagnósticos, num tempo em que não havia na medicina os recursos e a tecnologia de hoje. Era também um praticante do amor ao próximo, virtudes que fizeram dele um médico muito respeitado e querido ao longo de sua vida.
Foi casado com Jessia Toledo Piza Macuco com quem teve os filhos: José Rodrigues Louzã e Maria Helena Louzã Prado .
Mario Rodrigues Louzã faleceu em São Paulo, no dia 5 de setembro de 1976, aos 79 anos 10. Seu nome é honrado como patrono da cadeira no 113 da augusta Academia de Medicina de São Paulo, assim como dá nome a duas ruas: uma na cidade de Itatiba, e outra na cidade de São Paulo, no bairro Jardim São José.
NOTAS:
Biografia e foto foram fornecidas pelo autor.
Pequenas inserções e adaptações do texto ao perfil desta secção, assim como as notas de rodapé foram feitas pelo Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.
Por ocasião de sua formatura em medicina contava com apenas 21 anos.
Foi diretor administrativo do Hospital São José do Brás. De acordo com o cronista Arthur Botelho que lhe dedicou um necrológio no jornal A Voz do Bairro, Mario Rodrigues Louzã “tinha seu consultório no Hospital São José do Brás. Ali, a partir das 7 horas da manhã, diariamente praticava cirurgias e, no período da tarde, dava consultas. Quer como operador quer como clínico o seu nome ganhou fama. Dos pobres não cobrava nem pelas consultas nem pelas intervenções cirúrgicas. Quanto a essas, de modo generalizado, só as praticava quanto não havia outra alternativa para restituir a saúde aos pacientes. Aos pobres ainda oferecia amostras dos medicamentos que lhes receitava. Quando, porém, faltavam em sua estante, dava-lhes dinheiro para comprá-los em farmácias. A sua vasta clientela não se constituía somente de enfermos do bairro – o Belém. Da periferia e do interior do Estado muitos compareciam para consultá-lo. A sua generosidade não tinha limites. Sobremaneira dedicado aos deveres impostos pela profissão, cumpriu neste mundo missão das mais habilitantes. Simbolizou o altruísmo, a perseverança, o mérito, a serenidade espiritual e máxime, a modéstia”.
Prestou serviços profissionais na Sociedade Beneficente São Pedro do Pari e na Sociedade Beneficente Nossa Senhora do Rosário.
Exerceu a profissão por mais de meio século. Foi agraciado pelo Rei Vitório Emauel III como “Cavaleiro da Coroa da Itália”.
Publicou trabalhos científicos de alto alcance social e humano.
Contraiu núpcias em 15 de setembro de 1927.
Casado com Maria do Céu Coutinho Louzã, bacharel em relações públicas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
Casada com o dr. Fernando de Albuquerque Prado, juiz do Tribunal de Alçada.
Quem deu o atestado de óbito foi o dr. Nelsonn Roque Paladino que é membro titular, emérito e o primeiro ocupante da cadeira nº 75 da Academia de Medicina de São Paulo, cujo patrono é Jairo de Almeida Ramos. A causa motis foi “arteriosclerose generalizada e miocardioesclerose”.