Paulo Augusto de Lima Pontes
Paulo Augusto de Lima Pontes nasceu na cidade de São Paulo, em 13 de janeiro de 1943, sendo seus pais o engenheiro Augusto de Lima Pontes e Mafalda Oppido de Lima Pontes. Realizou seus estudos no Colégio Franco-Brasileiro Liceu Pasteur, no Colégio Bandeirantes e na Escola Paulista de Medicina (EPM), onde se graduou médico, no ano de 1966. Casou-se com a empresária Maria Fernanda de Andrada Coelho Prestes Alves e tem três filhos: Antônio Augusto de Lima Pontes, médico; Veridiana de Lima Pontes, arquiteta; e Nicolau Gadelha de Lima Pontes, engenheiro; e os netos: Calvin Ring e Olivia Ring.
Durante o período acadêmico foi vice-presidente do Centro Acadêmico Pereira Barreto, no biênio 1963-1964. Pertenceu à equipe de atletismo, trazendo para a Escola Paulista de Medicina inúmeras medalhas em competições interuniversitárias e em competições promovidas pela Federação Universitária Paulista de Esportes.
Fez residência médica em cirurgia/otorrinolaringologia no Hospital São Paulo (HSP) da Escola Paulista de Medicina (1967-1968); e estagiou em cirurgia de cabeça e pescoço no Hospital do Câncer – AC Camargo2 , no ano de 1969. Entre ambos, por um período de três meses, fez estágio na Universidade da Califórnia – Los Angeles (Ucla), nos Estados Unidos da América (EUA), em microcirurgia da laringe.
Realizou carreira universitária na Escola Paulista de Medicina, iniciando como médico voluntário da disciplina de otorrinolaringologia até 1972, quando passou a instrutor de ensino. Após galgar todos os níveis se aposentou como professor titular, em 2013, quando exercia o cargo de diretor do Campus São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pertenceu a várias comissões, bem como, foi eleito diversas vezes representante dos docentes nos diferentes Conselhos da Universidade.
Na área administrativa, no Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da EPM, exerceu os cargos de chefe de disciplina, chefe de departamento e coordenador da pós-graduação. Foi coordenador do Grupo Multidisciplinar de Oncologia da mesma instituição (1992-1998) e pertenceu ao Conselho Administrativo do Hospital São Paulo (2011-2013).
Paulo Augusto de Lima Pontes defendeu três teses: doutoramento, com o trabalho “Estudo Histológico e Histoquímico de Mucosa Nasal de Ratas nos Ciclos Estral e Gravídico-Puerperal” (1970); doutorado, com a tese intitulada “Comportamento de Lisossomos nos Fígados Maternos e Fetais de Ratas Prenhes com Diferentes Doses de Nafazolina” (1981); e livre-docência, com a tese intitulada “Sulco-Vocal Tratamento Cirúrgico pela Técnica do Franjamento” (1989).
Publicou 68 artigos como autor e interagiu com 259 colaboradores em periódicos especializados, com 2.477 citações na base de dados Google Acadêmica e h-index 23. Orientou 37 dissertações de mestrado e 29 teses de doutorado. Escreveu 58 capítulos de livros e publicou cinco livros. Foi palestrante em 72 eventos no exterior e em 263 nacionais. Participou de 512 eventos e congressos médicos. Foi presidente de honra do Congresso Português de Otorrinolaringologia (1996), e presidiu o Congresso Mundial da Voz (1999) e o Congresso Mundial de Otorrinolaringologia (2009).
Paulo Augusto de Lima Pontes recebeu 15 prêmios e/ou honrarias, dentre eles: a Medalha de Ouro, em 2009, ofertada a cada quatro anos pela International Federation of Otorhinolaryngological Societies (IFOS) aos especialistas que mais se destacaram no plano internacional; o título de Médico Honorário do Hospital Albert Einstein, em 2013; o Prêmio Paulo Pontes para os melhores trabalhos científicos brasileiros apresentados à Instituição “The Voice Foundation”, com sede nos EUA.
Paulo Augusto de Lima Pontes foi criador da residência médica em otorrinolaringologia no complexo HSP – EPM; do Curso de Pós-Graduação em Otorrinolaringologia na EPM, em 1980, curso pioneiro nos níveis de mestrado e doutorado, e da disciplina de cirurgia de cabeça e pescoço, em 1999. Recebeu, em sua clínica privada – Instituto da Laringe, 23 especialistas estrangeiros para estágio em microcirurgia da laringe. Dos egressos do Curso de Pós-Graduação, 13 tornaram-se professores titulares em universidades do país, e destes, quatro foram seus orientandos.
Mediante tratativas nas esferas governamentais, conseguiu incorporar ao patrimônio da EPM – Unifesp, áreas físicas que possibilitaram a construção do Edifício do Hemocentro de São Paulo e do Hospital Universitário II. Ao se retirar da diretoria do Campus São Paulo, em 2013, deixou uma área desapropriada para a construção do Hospital da Criança e do Adolescente, além de solicitação junto à Prefeitura de São Paulo, para a incorporação de área de 150.000 metros quadrados na zona leste para a expansão do Campus.
Paulo Augusto de Lima presidiu diversas Associações Médicas, com destaque para a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL, 1991-1996); a International Association of Phonosurgery (IAP, 1990-1991); e a International Federation of Otorhinolaryngological Societies (IFOS, 2005-2009).
No ano de 2019, se habilitou e foi eleito para ocupar a cadeira de no 41 como membro titular da augusta Academia de Medicina de São Paulo, cujo patrono é o professor Felício Cintra do Prado . Ainda nesse ano foi indicado para receber o título de Professor Emérito da Escola Paulista de Medicina.
NOTAS:
Biografia e foto foram fornecidas pelo autor.
Pequenas inserções e adaptações do texto ao perfil desta secção, assim como as notas de rodapé foram feitas pelo Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.
Em decorrência das recomendações dos órgãos estatais de saúde pública de não aglomeração por causa da pandemia do cononavírus, a posse ocorreu em reunião virtual, através da Plataforma Zoom.
Antônio Cândido de Camargo (1864-1947) presidiu a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, num mandato anual entre 1915-1916, e é o patrono da cadeira no 67 desse sodalício.
Felício Cintra do Prado (1900-1983) também presidiu a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, num mandato anual entre 1953-1954, e é o patrono da cadeira nº 41 desse sodalício.