Sylvio Saraiva
Sylvio Saraiva nasceu na cidade de São Paulo, aos 14 de abril de 1929. Foram seus progenitores Mário Pinto Saraiva e Josefa Saraiva.
Graduou-se na 38ª turma da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1955, tendo sido eleito orador.
Logo após a sua formatura fez residência na clínica neurológica do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, especializando-se em neurologia.
Teve sua inscrição efetivada no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) sob o número 1.902, em 1º de abril de 1957.
Lecionou também nas faculdades de medicina de Marília (Famema) e Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
Dedicou-se à carreira universitária na clínica neurológica da FMUSP, obtendo o título de doutor com a tese Polipeptídeos Farmacologicamente Ativos e Diâmetro de Artérias Piais. Estudo Experimental com Vasopressina, Ocitocina, Bradicinina e Neurocinina, elaborada no Departamento de Farmacologia da FMUSP, sob a chefia do professor Charles Edward Corbett; e o título de livre-docente, em neurologia, com a tese Acidentes Vasculares Cerebrais Isquêmicos de Causa não Embólica em Pacientes com 10 a 40 Anos de Idade (1976). A banca examinadora foi composta pelos professores Roberto Melaragno Filho, Horácio Martias Canelas, Luís Marques de Assis, Jorge A. de Figueiredo e José Antônio Leby, sendo aprovado com distinção.
Sylvio Saraiva lecionou também na Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e na Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
Ministrou aulas em cursos e simpósios; comentou lançamentos de livros e foi orientador da tese de doutorado apresentada à FMUSP intitulada “Utilização da Toxina Botulínica Tipo A na Terapêutica das Distonias”, de autoria de João Carlos Papaterra Limongi
Dentre os trabalhos que publicou têm-se como ilustração: “Alterações do Proteinograma do Líquido Cefalorraquidiano na Polirradiculoneurite”; “Atividade Dilatadora da 1-Hexil-3, 7-Dimetilxantina sobre os Vasos Piais”; “Leptomeningite e Tumor da Região Ortoquiasmática. Relato de Dois Casos”; “Associação Familiar de Miastenia Grave e Síndrome Miotônica”; e “Síndrome da Negligência Unilateral: Estudo Clínico e Topográfico de 20 Casos”.
Sylvio Saraiva ingressou em 31 de março de 1978 na Academia de Medicina de São Paulo, galgando a condição membro honorário desse sodalício. Recebeu, em 2009, no VII Congresso Paulista de Neurologia, a comenda Antônio Branco Lefèvre11 em reconhecimento à sua dedicação e contribuição à especialidade.
Manteve consultório até 2002. Por problemas de saúde tornou-se inativo no Cremesp, em 29 de julho de 2003.
Sylvio Saraiva foi casado com Amaryllis Frascino Saraiva, falecida aos 78 anos. Desse conúbio nasceram três filhos: Paulo Roberto (arquiteto, in memoriam), Carmen Silvia (arquiteta) e Renata; e os netos Bruno, Mariana e Rafael.
NOTAS:
Esta biografia é uma autoria do Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.
A foto inicial e algumas informações consignadas no texto foram gentilmente fornecidas pela arquiteta Carmen Saraiva, filha de Sylvio Saraiva.
Sylvio Saraiva faleceu no dia 22 de dezembro de 2017, aos 88 anos.
Arquivos de Neuropsiquiatria 23 (1): 1-18, 1965.
Luís Marques de Assis foi presidente da Academia de Medicina de São Paulo durante um mandato bienal entre 1981-1982.
O Estado de S. Paulo – edição de 15 de junho de 1976, página 15.
Resumo publicado na revista Arquivos de Neuropsiquiatria 53 (3): 531-532, 1995.
Em coautoria com Antonio Spina França Netto. Arquivos de Neuropsiquiatria 19 (4): 287-294, 1961.
Em coautoria com Armando Octávio Ramos, Octávio Slemer, Pedro Carlos Bissetti e Laone Ramos. Arquivos de Neuropsiquiatria 21 (1): 1-6, 1963.
Em coautoria com J. A. Gonçalves da Silva e Antonio Spina França Netto. Arquivos de Neuropsiquiatria 25 (1): 40-45, 1967.
Em coautoria com José Lamartine de Assis. Arquivos de Neuropsiquiatria 27 (4): 328-330, 1969.
Em coautoria com Luciano Ribeiro Júnior e Wilson Luiz Sanvito. Arquivos de Neuropsiquiatria 48 (2): 188-194, 1990.
Antônio Frederico Branco Lefèvre é o patrono da cadeira nº 30 da Academia de Medicina de São Paulo.
O Estado de S. Paulo – edições de 18 de março de 1997, página C 9; e de 14 de março de 2013, página C 4.